Enfeite Natalino no Largo do Cambuci homenageia os 33 mineiros chilenos

Quem ainda não passou pelo Largo do Cambuci nos últimos dias deve examinar e deixar que o espírito natalino tome conta das mentes curiosas e veja a decoração do natal feita pelo Cloc (Clube dos Lojistas do Cambuci).

Mas quem já passou por lá não poupa elogios a decoração deste ano, principalmente para a brilhante ideia de um dos diretores do Clube, senhor Ricardo Migliano Monteleone, que sugeriu, além do festão tradicional de luz que passa por todo o Largo, prestar uma homenagem aos 33 mineiros chilenos que sobreviveram por mais de dois meses soterrados no fundo de uma mina e foram resgatados por uma cápsula.

Ricardo nos conta que no próximo ano vai visitar o Chile e com o acontecimento recente do resgate dos mineiros, sugeriu aos demais diretores do Clube, homenagear os sobreviventes. A ideia foi repassada para o artista plástico, que também é chileno, Humberto Forlan, o qual montou uma cápsula com um simpático papai Noel de óculos escuro.

Segundo ele, a cápsula passa a ideia do renascimento. Ele também analisa o resgate dos mineiros como “parto da terra”, como se a terra tivesse parido esses 33 chilenos. “É um fato recente e foi na hora certa, e acho que fui feliz, pois repercutiu na cabeça das pessoas, quando param os carros para ver a decoração da cápsula”.

Outra novidade para este ano são duas árvores de 4 metros de altura, colocadas na calçada em frente ao chafariz. Todos os veículos que saem da Avenida Lins de Vasconcelos e passam pelo Largo do Cambuci, podem visualizá-las. Também na grama da praça tem um painel que faz fundo para o presépio. Ricardo conta que a doação do painel veio do senhor Renato Guimarães.

Ricardo lembra que a decoração acontece há mais de 10 anos, e o Clube dos Lojistas do Cambuci decora e ilumina o Largo do Cambuci e imediações às vésperas do natal. Nos últimos três anos, a entidade foi premiada com o troféu “Marco da Paz”, oferecido pela Associação Comercial, devido a decoração ser uma das melhores da região.





Ele também ressaltou que o dinheiro arrecadado das mensalidades dos comerciantes que colaboram é administrado da melhor forma possível. Isso deixa os diretores contentes, pois a decoração natalina no Largo agrada os moradores.

“Chegamos a conclusão através de uma pesquisa, que a comunidade gosta muito dos enfeites natalinos”, comentou o empresário e proprietário da loja “Di Natal” que fica no Largo do Cambuci.

Outro levantamento feito por Ricardo é que existem em torno do Largo do Cambuci 120 lojas, no entanto, somente 60 delas é que contribuem com a mensalidade de 30 reais, que é destinada para melhorias do Largo. Com este dinheiro arrecadado são feitas as decorações natalinas.

Ricardo também falou das dificuldades de conseguir novos associados. Segundo ele nenhum dos bancos, farmácias, empresas de grande porte como as Casas Bahia, que estão localizadas no Largo do Cambuci colaboram com a mensalidade. “Temos prestação de contas e essa arrecadação é pequena, pois devemos somar vários meses para fazer alguma coisa.

Pagamos a luz, o jardineiro (cuja despesa é relativamente pequena), e damos manutenção para a cabine da Policia militar. E quando sobra dinheiro realizamos eventos, ou alguma atividade social”, avaliou o empresário.

O que deixa Ricardo aborrecido é que não existe uma união dos comerciantes, nem mesmo, para sugerir melhorias para o Largo e todo o bairro. Na hora das decisões ficam apenas os diretores.

Em sua opinião seria importante a colaboração dos comerciantes com sugestões de melhorias para o Largo.

“Mais da metade dos comerciantes colabora com a melhoria do bairro e demais empresas de grande porte geralmente colocam uma série de empecilhos e não colaboram com nada. Precisamos de uma colaboração social das empresas e principalmente das agências bancárias”, desabafou também o comerciante Ricardo.

A decoração de Natal é feita pelo CLOC com a contribuição mensal de seus 60 associados. Por isso, a entidade pede que as demais empresas se associem ao Clube, ajudando esta e também outras benfeitorias que possam ser realizadas no Cambuci.

Fonte: Jornal Aclimação&Cambuci





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