A cidade de São Bernardo passará a sediar neste mês uma nova empresa: a Panambra Zwick, que está se transferindo do bairro do Cambuci, em São Paulo, para o bairro Ferrazópolis, no município do Grande ABC.
A companhia surgiu em setembro de 2010, quando o grupo brasileiro Panambra decidiu vender 60% de sua divisão de controle de qualidade e ensaio de materiais para o tradicional conglomerado alemão Zwick.
Com a expansão dos negócios, a mudança se justificou, segundo o diretor interino, Rodolfo Störmer, para dar conta do crescimento da demanda. Na busca de espaço, contou a favor a localização privilegiada. O espaço, que foi alugado, fica perto da via Anchieta e do Trecho Sul do Rodoanel, o que possibilita rápido acesso ao interior do Estado e também ao Porto de Santos.
Com produtos que atendem grande parte das indústrias brasileiras a empresa é recente, mas vem em ascensão. Em 2011, registrou R$ 9 milhões de faturamento e a meta é alcançar R$ 12 milhões neste ano.
O rápido crescimento se explica, em parte, pelo know-how dos sócios e também porque testar as características do material e verificar resistência e fadiga dos componentes, por exemplo, é essencial não apenas para satisfazer o consumidor, mas também para atender a legislação – com o cumprimento de normas técnicas do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) –, explica o executivo.
O controller (executivo responsável pela área financeira e contábil), Silvio Roberto Rieper, cita ainda que 15% do faturamento hoje é proveniente da prestação de serviços de ensaios. A maior parte da receita vem das vendas dos equipamentos para medição (como micrômetros e paquímetros), que são importados, por exemplo, da Alemanha, da Suíça, da Itália e da China (parte dos itens é projetado no Brasil e é produzido no país asiático).
A empresa vem em ascensão em faturamento e também em número de funcionários, embora tenha quadro bastante enxuto. Conta hoje com 35 empregados e deve admitir mais dez até o fim do ano, de diferentes escolaridades: de nível técnico até engenheiros. Störmer explica que, pelo fato de as vendas serem especializadas, é necessário qualificação. “Estamos formando mão-de-obra. Trouxemos alunos do Senai, que se adaptaram rápido”, afirma.
Iniciar a produção de itens na cidade está entre os planos
Faz parte dos planos da Panambra Zwick ter produção em São Bernardo, deixando de ser apenas importadora. No entanto, o controller, Silvio Rieper, diz que o projeto deve demorar três anos para sair do papel, tempo necessário para analisar a comportamento do mercado, e verificar a viabilidade de montar a fábrica por aqui.
O diretor interino, Rodolfo Störmer, cita, por sua vez, que o Brasil tem boas chances de receber esse investimento, já que as perspectivas da economia são favoráveis no País, segundo ele. “Toda fábrica precisa de equipamentos de medição, e com o pré-sal e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), prevemos crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 3% a 4,5% ao ano”, afirma.
A empresa já conta com clientes de peso como as montadoras Fiat, Ford e General Motors. Porém, o setor automotivo não é o único ramo que a Panambra Zwick atende. Já forneceu para siderúrgicas, faculdades (para laboratórios de testes e ensaios), metalúrgicas, indústrias de máquinas, para a Casa da Moeda e também para a Petrobras, entre outras.
Fonte: Diário do Grande ABC